O painel da ONU foi destaque na mídia internacional. De acordo com a organização das nações unidas, 2025 é o ano limite para interromper alta de emissões e evitar catástrofe climática
Os dados apresentados no painel são alarmantes. O Planeta precisa cortar 43% das liberações de gases estufa em relação aos níveis de 2019. E o caminho para isso envolve envolve uma nova política de preservação de florestas e incentivo à energia renovável
O assunto foi destaque em matéria recente no Estadão com profundidade na abordagem dos dados. De acordo com a publicação, o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre o Clima (IPCC), das Nações Unidas, divulgado na última segunda-feira, 4, mostra que 2025 é o limite para que a média anual global das emissões de gases do efeito estufa atinja seu ponto de inflexão e passe a cair. Os cientistas são categóricos nas ações para reverter o quadro:
- Incentivar energias renováveis, novas tecnologias e preservar florestas para retirar da atmosfera o carbono resultante da queima de combustíveis fósseis serão cruciais.
- As emissões de metano também precisam ser reduzidas em cerca de um terço.
- Para limitar o aquecimento global, diz o documento, será necessário enfrentar uma grande transição no setor de energia, deixando para trás o consumo de combustíveis fósseis, aumento da eletrificação das frotas e desenvolvimento e melhoria da eficiência energética de combustíveis alternativos, como o hidrogênio.
- O relatório do IPCC aponta que o setor financeiro tem um papel importante nesse processo. Embora os fluxos financeiros sejam hoje de três a seis vezes menores do que o necessário para impulsionar esse desenvolvimento, há capital e liquidez suficientes para fechar essas lacunas.
- O relatório deixa claro que a hora de investir em mudanças drásticas e sustentáveis é agora. E que nada será conseguido sem esforços na Amazônia.
Tais mudanças envolvem desafios robustos para um prazo escasso. Ainda assim, a matéria indica que tivemos avanços.
- Desde 2010, houve reduções sustentadas de até 85% nos custos de energia solar e eólica, energia e baterias, por exemplo.
- Um número crescente de políticas públicas e legislações mais refinadas melhorou a eficiência energética, reduziu as taxas de desmatamento e acelerou a implantação de energia renovável.
O relatório recebeu mais de 60 mil comentários de revisores especializados e de representantes de governos. Mais de 59 mil artigos científicos são mencionados no documento final aprovado por 278 autores. A aprovação do relatório final, que deveria ser concluído durante o final de semana, se estendeu mais do que o planejado. O documento só foi validado por todos os pares na manhã da última segunda-feira, 4.