Jardins Comestíveis é o primeiro programa oficial do Dia da Terra Brasil. Através do trabalho do artista Jean Paul Ganem e da sua aproximação com aspectos permaculturais proporciona conexões entre arte, educação e meio ambiente, com a sociedade civil, organizações não governamentais, poder publico e iniciativa privada.
Por meio de projetos de Land Art, que são poderosos vetores de transformação de paisagens e da relação de moradores com o seu entorno, transforma parques, áreas inativas e ou, degradadas, usando plantas comestíveis e o cultivo da terra como matéria-prima. Oferece uma mudança de paradigma no processo de produção e na relação das pessoas com a comida. Sua implantação é desenhada através de processos de diagnósticos participativos comunitários, acolhendo comunidades e compartilhando ensinamentos de ecogastronomia, reconhecimento e plantio de vegetais, através de cursos e vivências.
Na primeira edição do Jardins Comestíveis em 2022, o local escolhido foi o Parque Guaratiba, localizado em Guaianases, zona leste de São Paulo. Em parceria com a Secretária do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo, com o apoio do Consulado Francês e o patrocínio da empresa Diagonal. Foi implantada uma obra do artista Jean Paul Ganem, inspirada em seu projeto “Vague Verte”, realizado na França, com mais de 6000 m2 de área, mais de 1150 caixas contendo cerca de 9 mil mudas de plantas comestíveis.
Por meio de uma ação social coordenada pela permacultora, Bia Goll, e com o suporte da Horta comunitária da Vila Nancy. Ao todo, foram realizadas cerca de 100 oficinas voltadas à comunidade do entorno do parque. Mais de 2 mil pessoas foram impactadas por essas atividades e mais de 30 mil pessoas passaram pela obra, intitulada Renda Guainás. Ao final do projeto, os caixotes foram doados para que os visitantes pudessem levar um pedaço da obra e da horta para casa. Dois canteiros definitivos, duas compoteiras e uma mini horta, ficaram de legado no parque.
Agora, em 2024 com o desenvolvimento da 2ª edição, a obra se torna perene, um viveiro escola de LandArt do artista Jean Paul Ganem, junto à chef e permacultora Bia Goll e o agroflorestor Iuri Timoner. Nesta edição, o projeto visa ressignificar uma área descampada em um jardim comestível por meio de oficinas de capacitação, com o objetivo de promover a segurança alimentar da comunidade, reconectar, ensinar permacultura e viabilizar a geração de renda.